sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ônibus são adaptados para transportar passageiros-ciclistas no Espírito Santo.


Ainda em fase de testes, o Bike GV, um ônibus adaptado para transportar também bicicletas, opera no percurso de Vitória a Vila Velha, no Espírito Santo, desde segunda-feira, 18 de novembro. O trajeto do sistema liga as duas cidades pela Terceira Ponte, local que não possui ciclovia. O transporte foi criado como uma alternativa para a travessia dos ciclistas.
 A subsecretária de mobilidade urbana, Luciene Becacici, explica a criação do sistema: "A ponte tem uma rampa muito longa e inclinada, por isso, uma ciclovia nela seria inviável. Pensamos no ônibus como uma solução para os ciclistas ou para o usuário na redução do tempo de viagem, de Vitória a Vila Velha, criamos uma infraestrutura cicloviária que liga os dois municípios".
O veículo possui lugares adaptados para até 17 bicicletas e seus respectivos donos, além de contar com mecanismos próprios para a fixação das bikes, que viajam travadas. O serviço, que vai funcionar diariamente, de 6h às 20h30, tem passagens que custam R$ 1,25. Inicialmente, a chamada linha 400 contará com dois veículos e fará viagens a cada 30 minutos, nos horários de pico, e a cada 45 minutos, fora do pico - no total, são 48 viagens diárias.
 A Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb/GV), responsável pelo serviço, informou que aceitará sugestões para a melhoria do serviço. Os capixabas poderão utilizar o sistema nos pontos de ônibus localizados na Avenida Carioca (ao lado do Terminal do Transcol), em Vila Velha, e na Praça da Ciência, em Vitória.

Busscar terá leilão de 17 mil peças


Itens de reposição serão ofertados para lances presenciais ou pela internet


17 mil peças de reposição para a manutenção de carrocerias de ônibus Busscar serão leiloadas na sexta-feira, 29 de novembro. Os bens ofertados são parte do patrimônio do grupo brasileiro que teve falência decretada em setembro de 2012, após passar por 11 meses de recuperação judicial sem acordo sobre o pagamento de dívidas, que somam R$ 1,6 bilhão (leia aqui). Entre as peças estão catracas eletrônicas, para-brisas, tubos, barras, perfis e chapas. Os organizadores do leilão estimam que se todos os itens forem vendidos, a arrecadação chegará a R$ 7 milhões.

Essa será a segunda tentativa de vender as peças. Na primeira, realizada em 18 de outubro, apenas lances presenciais eram válidos. Com poucos licitantes, o resultado foi considerado insatisfatório pela Justiça. Desta vez, os lances também poderão ser feitos pela internet, no site www.superbidjudicial.com.br, além do formato presencial, a ser realizado no salão do Tribunal do Júri da comarca de Joinville (SC). 

“Com o leilão híbrido, queremos atrair compradores de todo o Brasil”, explica Tatiane Santos Duarte, leiloeira nomeada pela Justiça em 23 de outubro. 

A Busscar Ônibus, maior empresa do grupo, faturou R$ 685 milhões em 2008, quando empregava mais de cinco mil funcionários. Quando encerrou as atividades, seu complexo industrial de Joinville (SC) tinha capacidade para produzir 42 carrocerias por dia. 

Também fazem parte da multinacional brasileira a empresa Climabuss, especializada em climatização de ônibus, a Tecnofibras (ainda em operação), fabricante de peças para carroceria em plástico reforçado com fibra de vidro, e participações minoritárias em outras empresas, entre elas a Busscar Colômbia, que tem operação independente, e a Busscar México, que encerrou as atividades antes da falência da unidade brasileira.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

São Paulo terá primeiro ônibus a bateria do País

Elétrico desenvolvido em parceria por Mitsubishi e Eletra tem autonomia de 200 quilômetros.



Começa a ser testado este mês no trecho Diadema-Brooklin, dentro da região metropolitana de São Paulo, o primeiro ônibus elétrico brasileiro movido por baterias. OE-Bus, como é chamado, foi criado em parceria pelas empresas japonesas Mitsubishi Heavy Industries e Mitsubishi Corporation e a brasileira Eletra, especializada em veículos de transporte urbano com tração elétrica. 

O chassi articulado do veículo é da Mercedes-Benz, a carroceria da Induscar/Caio e o sistema de tração e o motor elétrico da WEG. A concessionária Metra e a EMTU/SP (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) são responsáveis pelos testes iniciais. A partir do ano que vem, passageiros serão transportados no ônibus elétrico pagando pelo mesmo preço de um trólebus ou ônibus comum. Se aprovado, a expectativa do governo de São Paulo é de que 40 ônibus como este passem a circular nesse corredor, mas ainda não há prazo definido. 

Com 18 metros de comprimento, o veículo articulado transporta até 150 passageiros e tem autonomia operacional de 200 quilômetros. Suas baterias, de lítio-íon, fornecidas pela Mitsubishi do Japão, têm 10 anos de vida útil e poderão ser recarregadas de duas maneiras. Com sistema de recarga lenta, o ônibus é conectado a uma tomada especial na sede da Metra, em São Bernardo do Campo, e demora cerca de duas horas para repor 80% da carga das baterias, em processo que será realizado após o horário de circulação. Já a carga rápida é feito no terminal de Diadema, por meio de acoplamento automático localizado no teto do ônibus, que repõe cerca de 15% da energia em apenas 5 minutos, o suficiente para o veículo fazer uma viagem. 

A Mitsubishi foi responsável pela aquisição de baterias e instalação das estações de recarga. E a Eletra pela adaptação do sistema à carroceria. Durante evento de apresentação do E-Bus, Yoichi Kujirai, vice-presidente executivo da Mitsubishi Heavy Industries, não revelou quanto a empresa investiu na operação, iniciada há um ano, mas disse que tem interesse em transferir a tecnologia para empresas brasileiras. 

Segundo o executivo japonês, o maior desafio foi conseguir deslocar um ônibus tão grande apenas com as baterias. No total, são necessários 14 pacotes de baterias com oito módulos. Elas pesam 3 toneladas, ou 10% do peso total do ônibus. 

Jurandir Fernandes, secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, presente no evento, comemorou o lançamento: “O Brasil é o terceiro maior mercado de ônibus do mundo e esta é uma prova de que temos condições de produzir veículos sustentáveis. O nosso objetivo é substituir a frota a diesel e diminuir as despesas com a manutenção dos fios indispensáveis para os trólebus. O ônibus movido a bateria é uma tecnologia que veio para ficar e que é muito bem aceita pelo Estado de São Paulo.” 

A extensão Diadema-Brooklin, com 11 quilômetros de extensão, foi escolhida por não ter veículos isentos de emissão de poluentes, como os trólebus elétricos que já rodam em outros trechos da cidade. 

Veja como funciona o E-Bus: 







quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Ônibus terão localizador em tempo real pela internet

Nario Barbosa/DGABC
Até o fim do ano, passageiros de Santo André poderão acompanhar pela internet a localização em tempo real dos ônibus municipais. O sistema mostrará o horário estimado em que o veículo passará pelo local, o que permite ao usuário chegar ao ponto de parada na hora exata do embarque, sem necessidade de espera. Hoje a única cidade do Grande ABC a oferecer esse tipo de serviço é Mauá.
A implantação do recurso não terá custo aos cofres da Prefeitura, explica o secretário de Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra. Segundo ele, toda a frota já possui rastreamento por GPS – ferramenta necessária para que a visualização possa ser feita em tempo real. Nos próximos meses, a Prefeitura irá instalar nos terminais da cidade painéis eletrônicos com informações sobre a localização dos coletivos, equipamentos semelhantes aos que funcionam na Capital.
Em fevereiro deverá entrar em funcionamento o aplicativo para smartphones que também mostrará o posicionamento da frota. Segundo o diretor da SATrans, Leandro Petrin, o programa funcionará nas plataformas iOS, Android e Windows Phone. Para que o download seja disponível, as três empresas– Apple, Google e Microsoft – precisam validar o software. Ainda não há previsão se as licenças dos aplicativos demandarão recursos por parte do Executivo.
Foi instalado ontem, em ponto de ônibus da Avenida 15 de Novembro, no Centro, o primeiro painel informativo sobre as linhas municipais e intermunicipais que atendem o local. O material também conta com mapa que indica os itinerários percorridos e apresenta pontos de interesse, como hospitais e parques. A meta da administração é equipar 30 abrigos até o fim deste ano, o que irá custar cerca de R$ 68 mil. Para o ano que vem, a estimativa é levar o sistema de identificação visual para mais 70 locais.
O prefeito Carlos Grana (PT) afirmou que confia na população para que não haja depredação dos painéis. “A imensa maioria tem reconhecido o esforço que a Prefeitura faz para proporcionar serviços públicos melhores. Claro que vamos ficar atentos, mas vamos procurar envolver a população para que mantenha os equipamentos inteiros e em bom funcionamento”, ressaltou o petista.
Pesquisa apontará mudanças em linhas
A SATrans, empresa que gerencia o transporte municipal de Santo André, fará em março pesquisa de origem e destino em todas as linhas da cidade. O material apontará necessidade de mudanças em itinerários e criação de outros trajetos.
O diretor da SATrans, Leandro Petrin, afirma que o levantamento será feito em março. “No início do ano a demanda é muito reduzida em razão das férias escolares”, explica. Petrin destaca que outro motivo de a avaliação ser feita apenas no fim do primeiro trimestre é o fato de a população ainda estar se acostumando com o Bilhete Único Andreense, que começou a funcionar em junho.
“A demanda aumenta mensalmente. Ainda não estabilizou. Então, é preciso esperar até que a população absorva essa mudança de comportamento”, explica. Apenas no primeiro mês de funcionamento, cerca de 280 mil integrações tarifárias foram feitas por meio do tíquete eletrônico.
O Bilhete Único permite ao passageiro embarcar em até três ônibus municipais efetuando o pagamento de apenas uma passagem. Em dias úteis, a integração gratuita deve ser feita em uma hora e meia. Já aos domingos e feriados, a conexão precisa ser realizada em, no máximo, duas horas.

Ônibus Volvo inspira a arte na Bienal


Os ônibus da Volvo serviram de inspiração e também serão veículos de disseminação da arte durante a Bienal Internacional de Curitiba, que toma as ruas da cidade até 1º de dezembro

O projeto intitulado "Casulos", da artista Regina Silveira, revestiu alguns ônibus biarticulados e padrons das principais linhas do sistema de transporte urbano da cidade com uma trama de bordado em ponto cruz. Circulando no trânsito, a obra irá interagir com os pedestres, ciclistas e motoristas, expandindo a presença da Bienal na cidade.
Enquanto intervenção urbana, "Casulos" pretende modificar temporariamente os modos de perceber e experimentar os veículos que são de uso comum da população. “Como uma empresa que acredita e investe na cultura como instrumento de desenvolvimento e transformação, é orgulho vermos os ônibus da marca inspirando e sendo veículos de disseminação a arte”, afirma a responsável por projetos institucionais da Volvo, Anaelse Oliveira.
A obra está aplicada por meio de plotagem nos ônibus biarticulados Centenário - Campo Comprido, Santa Cândida - Capão Raso, Boqueirão, Pinheirinho e no ligeirinho Aeroporto. Na proposta, a artista retoma um de seus temas recorrentes, o do bordado, meio de expressão habitualmente considerado “feminino” e que a artista, num movimento contrário à tendência politicamente correta, reivindica exatamente como “arte de mulher”. Inclui, no entanto, novos aspectos. À primeira vista, a obra causa uma sensação de surpresa, inserindo algo visualmente delicado em grandes veículos da paisagem urbana.
Regina Silveira já realizou obras nas ruas de Madrid (Espanha), Taipei (Taiwan), Montreal (Canadá) entre outras cidades do mundo. Suas exposições já passaram pelo Guggenheim Museum (Nova York, Estados Unidos), Bienal de São Paulo, Centro Cultural Recoleta (Buenos Aires, Argentina), Ottawa Art Gallery (Canadá), Triennale-Índia, Fundación Juan Miró (Barcelona, Espanha) e Bienal de Tóquio (Japão).

Ônibus escolares novos começam a circular nesta segunda-feira, diz GDF

Educação diz que frota vai atender alunos do ensino especial e integral.
Frota de 106 veículos está parada há mais de 3 meses no pátio da TCB


Ônibus escolares parados há dois meses no DF (Foto: Reprodução/TV Globo)
Ônibus escolares parados há três meses no DF


O secretário de Educação do Distrito Federal, Marcelo Aguiar, informou que os ônibus escolares recebidos pelo governo do Distrito Federal em 1º de agosto deste ano pelo programa Caminhos da Escola, do Ministério da Educação, começam a circular nesta segunda-feira (18).
Em outubro, a Secretaria de Educação e a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) – empresa ligada ao GDF responsável pelos ônibus –prometerem colocar os ônibus em circulação num período de 20 dias. O prazo venceu no dia 31 e a frota ainda não estava nas ruas.
"São esses 100 ônibus que vão começar a rodar na segunda-feira. A TCB não conseguiu colocar para rodar [antes], mas me garantiram que segunda-feira estarão rodando", disse Aguiar.
A frota tem 106 veículos, dos quais 32 são micro-ônibus adaptados com elevadores e espaço para cadeiras de rodas. Os ônibus foram adquiridos por R$ 19 milhões com recursos do GDF e do governo federal e estão há pelo menos três meses parados na garagem da TCB.
Segundo Aguiar, os ônibus foram adquiridos para aumentar a frota atual, e não para substituir os veículos que já estão em circulação, que atendem 100% da rede pública do DF.
O presidente da TCB, Carlos Alberto Cock, informou que para colocar os ônibus em circulação, a secretaria fez um aporte de R$ 5 milhões para a empresa contratar motoristas, monitores, e comprar combustível e peças para estoque inicial para os 106 ônibus. "Foram adquiridos ainda veículos de apoio, caminhão guinchos e sistemas de software", disse.
No DF, 590 ônibus terceirizados fazem o transporte escolar de aproximadamente 40 mil alunos. Com todos os veículos em operação, a previsão é que 700 ônibus façam o transporte dos alunos no Distrito Federal.
Segundo a TCB, as primeiras escolas que serão atendidas são os Centros de Ensino Especial 1, em Brasília, Planaltina, Samambaia, Santa Maria, Taguatinga, Brazlândia e Sobradinho. Em Ceilândia, serão atendidos os Centros de Ensino Especial 1 e 2.

Atraso
Em outubro, o secretário-adjunto da pasta, Jacy Braga, atribuiu o atraso de dois meses para colocar os ônibus em circulação à burocracia e questões logísticas. Segundo Braga, a pasta teve de repensar todo o sistema de transporte escolar no DF.
"Nunca tivemos ônibus de frota própria para fazer transporte escolar na Secretaria de Educação. Não é especialidade nossa. Nossa especialidade é dar aula, e não fazer transporte", disse.
De acordo com Braga, a atual frota de 590 ônibus terceirizados atende inteiramente a demanda de alunos do DF e não há necessidade de colocar os veículos nas ruas imediatamente. Os novos ônibus, segundo ele, são para atender projetos de educação integral e alunos de escolas de ensino especial.
"Não é um transporte regular, mas de atividades extras, no âmbito das necessidades das escolas de transporte dos seus alunos", disse. "O que é extra será atendido por esses novos ônibus. Eles farão parte da frota destinada à educação integral e menor parte às escolas de ensino especial."
À época, o presidente da TCB afirmou que os ônibus teriam tecnologia embarcada, como GPS e um possível sistema de bafômetro automático. Segundo ele, serão instalados equipamentos de educação e de vídeo.
"[Os ônibus] serão quase uma sala de aula. Não vai só pegar o menino ali, não é um depósito de menino. É uma sala de aula ambulante", disse.