terça-feira, 6 de novembro de 2012

No meio do caminho da Marcopolo, uma revolução


A gaúcha Marcopolo tem uma de suas mais modernas fábricas de ônibus no Egito. Com o objetivo de fornecer para o Oriente Médio, a empresa mantém desde 2008 uma unidade com capacidade de produzir 16 mil ônibus por ano em Suez. No entanto, ao menos por enquanto, a ociosidade da fábrica gira em torno de 95%. Segundo Rubens Pisi, diretor de desenvolvimento e estratégia da Marcopolo, somente 600 unidades saíram da linha de produção no ano passado.
"Como o custo Brasil não permitia mais que exportássemos a preços competitivos, montamos uma fábrica em Suez", explica Pisi. Apesar de ser uma ditadura, a era Hosni Mubarak representava uma aposta relativamente segura para os investidores, já que o ex-presidente, que caiu no fim de 2011 após uma série de protestos populares, tinha boas relações com os Estados Unidos.
Com a escalada da instabilidade, as vendas a partir do Egito caíram mais de 70%. O ano de 2012 foi de "compasso de espera" para a Marcopolo. O executivo conta que o próprio país poderá ser uma fonte de recuperação da unidade. "Eles quase não compraram nada nos últimos três anos. A frota está velha ", diz Pisi. A perspectiva é que a fábrica de Suez opere a 50% da capacidade nos próximos anos. / F.S.

Nenhum comentário:

Postar um comentário