terça-feira, 6 de novembro de 2012

Marcopolo tem produção fechada até o final do ano


Favorecida por medidas do governo federal, a indústria fabricante de carrocerias de ônibus fechará o ano com desempenho positivo. Carlos Zignani, diretor de relações com investidores da Marcopolo, de Caxias do Sul, afirmou que a empresa está com a carteira de pedidos tomada para este ano. Novos pedidos, segundo Zignani, estão sendo programados para 2013. Em razão desta situação, a encarroçadora definiu férias coletivas para o período de 24 de dezembro a 3 de janeiro, acompanhando medida que será tomada pelas principais fabricantes de chassis de ônibus.
O diretor confirma, no entanto, que esta situação deve-se, em essência, ao PAC Equipamentos lançado pelo governo federal no meio do ano para a compra de 8.570 ônibus. A Marcopolo, por meio das suas unidades Volare e Ciferal, fornecerá em torno de 4 mil veículos, que deverão ser entregues até o final deste ano. “As duas fábricas operam no limite da sua capacidade para atender aos pedidos.”
Ele acrescenta que a empresa habilitou-se, em outubro, a fornecer mais 4,1 mil unidades, a partir de janeiro de 2013, em nova compra feita de 8 mil veículos pelo governo federal para o programa Caminhos da Escola. A Volare produzirá 1,5 mil micros e a Ciferal, no Rio de Janeiro, outros 2,6 mil urbanos. Com estes pedidos, as duas unidades têm produção fechada para o primeiro trimestre do ano.
Hoje, a empresa libera os dados econômico-financeiros do terceiro trimestre do ano. Zignani antecipa que o desempenho estará em linha com o que foi projetado, com destaque para o forte aumento de receita com exportações.
Na avaliação do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus, José Antônio Fernandes Martins, o segmento deve fechar este ano com produção total de 36,9 mil unidades. Até setembro, a indústria produziu 24.377 carrocerias de ônibus, em queda de 5% sobre igual período do ano passado.
Para 2013, o presidente da entidade projeta um aumento  de 6% a 7%, atingindo perto de 39 mil veículos. Martins atribui o crescimento às medidas do governo federal de desoneração da folha de pagamento e dos custos da energia elétrica. Além disso, cita a redução dos juros nos financiamentos a 2,5%, associadas com a inclusão do setor no PAC Equipamentos e da expectativa de crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Fonte: Jornal do Comércio   http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=73279

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