Em parceria com a Itaipu Binacional, a montadora testou um ônibus movido a biometano no Brasil entre outubro e novembro do ano passado. Um modelo Scania Citywide Euro 6 foi trazido da Suécia em 2014 para um período de demonstrações na América do Sul. Antes de ser testado por aqui, o veículo passou pelo México e Colômbia, até chegar a Foz do Iguaçu, no Paraná. Com 15 metros de comprimento e dois eixos direcionais, o ônibus tem capacidade para até 120 passageiros.
Nas primeiras avaliações, as empresas comprovaram que na relação custo por quilômetro, o do ônibus com biometano é 56% menor quando comparado a um modelo similar a diesel. Já em janeiro deste ano, o ônibus rodou no Rio Grande do Sul.
“Os níveis de poluição ficaram bem abaixo dos determinados pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e as emissões de ruído também foram menores que os padrões determinados pelas autoridades”, afirma Odorico Konrad, professor responsável pelo estudo e coordenador do Laboratório de Biorreatores da Univates. Ainda segundo Konrad, transportando os colaboradores dentro do parque da Braskem, a média de consumo foi de 2,13 km/metro cúbico.
“O ônibus a biometano comprovou sua viabilidade nessas duas demonstrações. Sua autonomia diária pode chegar a 400 quilômetros e ele emite 70% menos poluentes que os veículos similares a diesel”, afirma Silvio Munhoz, diretor de vendas de ônibus da Scania no Brasil.
No Rio Grande do Sul o biometano vem sendo testado em veículos desde 2013 pela Companhia de Gás do Estado, a Sulgás, que aguardava a resolução da ANP para iniciar a venda do GNV, que recebeu o nome de GNVerde e que poderá ser misturado ao gás natural na rede de distribuição da Sulgás. A empresa informa que em breve anunciará a primeira chamada pública para aquisição de biometano em cinco regiões do estado. “Até então estávamos em fase experimental, apoiando projetos e pesquisas”, conta a gerente de planejamento da companhia, Jucemara Rolim Bock.
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