Para atender as necessidades dos seus projetos de expansão, a Neobus fará a admissão de 1,9 mil pessoas nos próximos 60 dias. Para a fábrica de Caxias do Sul, onde há dois mil trabalhadores, a empresa anuncia 700 contratações, e para Três Rios (RJ), onde investe R$ 100 milhões na construção de nova unidade, mais 1,2 mil. Na cidade fluminense, o foco será a produção de modelos urbanos.
As admissões para a operação gaúcha objetivam atender as demandas da linha Mega BRT, lançada no ano passado, e para o início da produção dos ônibus que levarão a marca NeoStar, resultado de parceria firmada em fevereiro último com a norte-americana Navistar. Também suprirão necessidades provenientes do mais recente lançamento da empresa: o New Road N10.
Nos últimos dois anos, a área de Engenharia da Neobus empenhou-se no desenvolvimento da primeira série de modelos rodoviários, apresentada ao mercado em evento realizado em São Paulo, que reuniu mais de 1,2 mil convidados, a maioria clientes do Brasil e do Exterior. A família New Road N10 foi definida por Édson Tomiello, presidente da fabricante de carrocerias, como resposta às demandas do mercado que queria novas alternativas neste segmento.
A nova linha de rodoviários, incluindo ações futuras, consumirá de R$ 35 milhões a R$ 40 milhões. Tomiello tem como meta inicial, para 2013, a venda de 600 a 700 unidades no Brasil e no exterior. “Minha preocupação agora é criar capacidade de produção em Caxias do Sul, pois a reação do mercado foi muito positiva.”
A carroçaria N10 foi desenvolvida para ser aplicada em qualquer chassi atualmente oferecido no mercado nacional, situação comprovada nos cinco modelos expostos no lançamento. Os valores irão variar, de acordo com a configuração escolhida pelo cliente, de R$ 250 mil a R$ 350 mil. “Investimos em componentes inéditos e diferenciados, que priorizam design, conforto e segurança dos passageiros e dos motoristas. O N10 é a essência do DNA Neobus.”
Conceitos diferenciados formam a nova linha, que se assemelha aos modelos europeus
Visualmente, o New Road N10 se assemelha aos ônibus europeus, com recortes em ângulos V e vincos acentuados com conceito de verticalização. O gerente de design da Neobus, Leonidas Fleith, atenta para as colunas frontais inclinadas e a traseira marcada por duas linhas vincadas e uma inclinação superior que consolida a aerodinâmica do modelo. De acordo com ele, o veículo tem o menor Cx (coeficiente aerodinâmico) do segmento, que resulta em economia de combustível. O teto foi concebido com a função de embutir o ar-condicionado e fazer a drenagem de toda água do teto por meio de sistema de calhas duplas que direcionam o líquido para as extremidades do veículo, evitando que escorra pelas laterais e eliminando o acúmulo sobre o teto.
Outro diferencial está na tecnologia embarcada. O veículo vem, de série, com um computador de bordo na carroceria que traz segurança dupla. Os principais controles podem ser executados tanto no visor touch screen quanto nas teclas analógicas, garantindo que o veículo não pare em caso de pane.
O painel tem 56 teclas para a operação e incorpora uma tela de LCD touch screen de sete polegadas em que são visualizadas as funções do veículo que também podem ser executadas por ela. Esta central ainda faz todo o controle do sistema de áudio, vídeo e entretenimento para motorista e salão de passageiros. O sistema de mídia para o passageiro pode ser com monitores individuais incorporados à poltrona, no porta-pacotes retrátil tipo avião ou ainda o tradicional monitor junto ao teto.
A iluminação tem, como item de série, sistema de cromoterapia, que permite ao passageiro escolher dentre 256 cores disponíveis, além do modo automático. O projeto foi desenvolvido atendendo às normas de segurança R66, versão 1, que exige testes práticos como de tombamento, de impacto frontal/lateral, de inclinação máxima lateral e de célula de sobrevivência. “O grande desafio foi agregar todos estes requisitos de segurança num produto, que é o mais leve da categoria, e atendendo à lei da balança”, observou o diretor de engenharia Adelir Boschetti.
Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=110127
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