sexta-feira, 19 de julho de 2013

Mercedes- Benz - Motor bicombustível

Propulsor para ônibus abastecido a diesel e a gás natural foi revelado na Transpúblico


Mercedes-Benz do Brasil apresentou durante a Transpúblico, feira promovida pela NTU, associação das empresas de transportes urbanos, de 3 a 5 de julho em São Paulo, o motor OM 926 LA bicombustível para ônibus, que segundo ela é o primeiro a ser certificado pelo Proncove P7 (Euro 5) para uso de diesel e também de gás natural. 

A solução bicombustível está sendo estudada pela Mercedes no já conhecido bloco OM 926 LA, de seis cilindros e 7,2 litros. O principal combustível será o gás natural veicular (GNV), complementado pelo óleo diesel - de petróleo, de cana ou biodiesel. 

No conceito em desenvolvimento, o GNV é injetado diretamente na entrada do coletor de admissão do motor, por meio de um sistema dosador e misturador. A quantidade de gás é gerenciada eletronicamente, em combinação com o controle eletrônico da relação de ar/combustível. 

“Sem grandes alterações no motor básico a diesel foi possível atingir até 90% de substituição de diesel por GNV. Nesta proporção, há uma redução de 18% nas emissões de CO2, um dos principais gases do efeito estufa, e ainda diminuição de cerca de 30% de material particulado”, aponta Gilberto Leal, gerente de desenvolvimento de motores da Mercedes-Benz do Brasil. 

As mudanças na arquitetura elétrica e eletrônica do ônibus foram mínimas, segundo Leal. O sistema SCR (de redução catalítica seletiva) foi mantido, mas foi adicionado um catalisador de oxidação a fim de reduzir as emissões de monóxido de carbono e metano. 

Na opinião do gerente, o uso do ônibus bicombustível é mais vantajoso que os modelos abastecidos apenas com GNV. “Quando não há disponibilidade de gás natural, o veículo bicombustível Mercedes-Benz opera normalmente, ou seja, abastecido só com diesel.” 

“Com a possibilidade de aumento de oferta de gás natural veicular no País, o uso desse combustível em ônibus urbanos será uma importante opção para diminuir o consumo de combustível diesel fóssil e para a redução dos custos operacionais das empresas de transporte”, conclui Leal.

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