Comissão formada para acompanhar o processo de falência da empresa se reuniu com o secretário de Integração e Desenvolvimento Econômico
Ônibus. Trabalhadores precisam de R$ 40 milhões para retomar atividades
A comissão de trabalhadores formada para acompanhar o processo de falência da Busscar se reuniu nesta quinta-feira (17) com o secretário de Integração e Desenvolvimento Econômico, Jalmei Duarte. Eles apresentaram a ideia de criação de uma cooperativa para fabricar ônibus. O objetivo da comissão foi buscar apoio institucional da Prefeitura para a proposta. Eles também encaminharam um pedido de informação ao BNDES para um possível financiamento.
A comissão convidou os ex-funcionários da empresa para duas assembleias, uma realizada ontem à noite e outra marcada para sábado (19), a partir das 9h, na sede do Sindicato dos trabalhadores nas indústrias e oficinas mecânicas de Joinville e região, para apresentar a proposta da cooperativa. O estudo de viabilidade da cooperativa apontou que serão necessários entre 500 e 600 trabalhadores para retomar a produção de ônibus em Joinville. Até o momento, a comissão tem a adesão de 80 trabalhadores.
A ideia de cooperativismo, segundo a comissão, vem se fortalecendo porque representa uma oportunidade aos ex-funcionários, em razão da reabertura dos postos de trabalho e da rentabilidade do negócio, com a possibilidade de ganhos em longo prazo. Em princípio, para sair do papel a cooperativa precisaria de R$ 40 milhões e a intenção é alugar o parque industrial da Busscar Ônibus, enquanto não vai a leilão.
Grupo de funcionários planeja retomada da Busscar em Joinville
Ideia é montar uma cooperativa de produção e arrendar fábrica
Última reunião para planejar cooperativa foi na última quinta-feira. Neste sábado, um segundo encontro está marcado na sede do Sindicato dos Mecânicos.Foto: Fabrizio Motta / Divulgação
Maellen Muniz
Neste sábado, a partir das 9 horas, no Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, ocorre mais uma reunião do grupo de ex-funcionários da Busscar que quer criar uma cooperativa para retomar a produção da fábrica.
— O planejamento deste processo, que tem três etapas, deve levar de três a cinco meses. Não podemos afirmar que dará certo. Se percebermos que não é viável, abortaremos. Precisamos tentar —, diz Pedro de Medeiros, que trabalhou na Busscar por 24 anos e é um dos líderes do grupo.
Primeiro, eles buscam trabalhadores dispostos a entrar no projeto. A estimativa é de que sejam necessários cerca de 600 profissionais de diversas áreas para produzir dois ônibus por dia. No primeiro encontro, na última quinta-feira, em torno de 300 pessoas demonstraram interesse na cooperativa.
Depois, será a hora de buscar recursos.
— Calculamos R$ 40 milhões. Serão captados por meio de incentivos e apoios. Temos referências de diversas entidades brasileiras —, conta Pedro.
O grupo já teve sinalização positiva da Cooperativa dos Trabalhadores na Indústria de Polímeros de Joinville (Unipol), da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Secretaria Nacional de Economia Solidária.
Por fim, precisam da aprovação do juiz, pois o processo de falência está encaminhado e o perito deve terminar as avaliações dos bens para leilão até meados do ano.
— A venda da Tecnofibras e da Climabuss certamente será concretizada neste ano —, afirma o interventor da Busscar, Rainoldo Uessler.
Para ele, o projeto da cooperativa é extremamente complexo.
— Na teoria, é viável. Mas é preciso analisar o cenário. Os credores também devem aprovar. Se a cooperativa arrendar a fábrica, não haverá venda deste patrimônio —.
Na última quinta-feira, o último recurso possível no Tribual de Justiça de SC para reabrir a Busscar foi negado pelo desembargador Rui Fortes.
Fontes: http://ndonline.com.br/joinville/noticias/43637-trabalhadores-da-busscar-querem-montar-cooperativa-em-joinville.html http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/economia/noticia/2013/01/grupo-de-funcionarios-planeja-retomada-da-busscar-em-joinville-4015613.html
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