quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Governo reduz juros para ônibus


Dilma atende pleito com taxa de 2,5% ao ano

Mais um capítulo do pleito de setores industriais por incentivos do governo surte efeito, desta vez para as fabricantes de ônibus no País. O segmento foi contemplado com a redução de taxa de juros para financiamentos via Finame PSI, de 5,5% para 2,5% ao ano, a mesma concedida para caminhões dentro do pacote de medidas divulgado em 29 de agosto. Na ocasião, o segmento de ônibus não havia sido beneficiado pela redução da taxa.
A redução foi autorizada pela presidente Dilma Rousseff após pedido da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus), revela seu presidente, José Fernandes Martins, em entrevista a Automotive Business durante a Fetransrio, feira bienal dedicada ao segmento de transporte de passageiros que está sendo realizada no Rio de Janeiro até sexta-feira, 5. Segundo o executivo, o pedido foi feito dias após o anúncio do governo sobre a redução da taxa de juros para caminhões.
Martins conta que antes das medidas, apresentou pessoalmente à presidente a importância do segmento para o desenvolvimento da economia e da indústria brasileira em um encontro que reuniu os principais setores econômicos do País.
“O transporte de passageiros é um dos setores que mais geram empregos diretos no País e este argumento sensibilizou a nossa presidente, que concedeu a redução para nosso setor”, disse.
A redução da taxa de juros para ônibus foi então divulgada em 6 de setembro, na circular do BNDES sob o número 55/2012, que comunica a medida às financiadoras, que devem considerar a nova taxa de 2,5% ao ano para compras realizadas entre a data da publicação da circular até 31 de dezembro. O incentivo foi batizado de PSI 2012/09. No pacote divulgado em agosto, que contemplou caminhões, a medida foi intitulada de PSI 4.
Para o presidente da Fabus, “não há do que reclamar”. Com ajuda da medida, ele projeta que as vendas de ônibus alcancem patamar de 42 mil unidades em 2013. Os emplacamentos devem fechar o ano com queda de 10% sobre 2011, entre 28 e 30 mil unidades, e recuperar o fôlego em 2013, quando a entidade espera igualar ou superar o recorde do ano passado, de 33 mil unidades.

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