A primeira reunião entre o advogado dos ex-sócios da Busscar, Dicler de Assunção, e os representantes da companhia desde a suspensão de sua assembleia de credores, terminou com um sinal amarelo para a empresa. Segundo Dicler, não há consenso para salvar a fabricante de carrocerias de ônibus da crise que se arrasta por quase dez anos.
— A distância entre as visões para a solução do problema é muito grande. O Cláudio (Nielson, presidente da Busscar) insiste numa determinada concepção e não abre mão disso. E acaba que aquilo que o juiz Maurício Cavallazi pretendeu, que era abrir um prazo para negociações, não vai ocorrer. — afirma.
A negociação da empresa com os ex-sócios da Busscar, Randolfo Raiter e Valdir Nielson, é crucial para a empresa. Juntos, Raiter e Nielson possuem 52% dos créditos da classe de credores quirografários, ou seja, aqueles que não tem garantias. Como maioria, o voto deles no "não" ou no "sim" ao plano decide a falência ou a sobrevivência da companhia.
Em nota, Cláudio Nielson, disse que o encontro serviu para "discutir com grande franqueza diversas alternativas para a solução dos créditos desses credores". Segundo ele, Dicler informou que "via com bons olhos" a possibilidade de venda da Busscar como unidade produtiva isolada.
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