Desde novembro, empresa já teve o pedido de 38 unidades, que devem injetar R$ 15 milhões no grupo
Nova encomenda deve render R$ 7,2 milhões à Busscar
O Grupo Busscar recebeu uma nova encomenda de 24 ônibus, que devem ser enviados para clientes de várias regiões do Brasil. Em novembro de 2011, a empresa havia recebido o pedido de 14 unidades, solicitadas pelas empresas Gidion e Transtusa, de Joinville, poucos dias após a decretação da recuperação judicial.
Como são pedidos de modelos variados, com preço médio de R$ 300 mil cada um, pelo menos outros R$ 7,2 milhões devem entrar no caixa da empresa. Os primeiros pedidos já injetaram cerca de R$ 8,4 milhões na Busscar, que tem sua produção financiada atualmente por dois bancos, o BIC Banco e o Banco Pine, ambos sediados em São Paulo. Assim, os R$ 15,6 milhões estão sendo usados exclusivamente para pagamento da matéria prima e da mão-de-obra dos funcionários que estão trabalhando na fabricação dos ônibus.
A expectativa do advogado do grupo, Euclides Ribeiro Junior, é que novas encomendas sejam confirmadas no decorrer das próximas semanas, ainda antes da votação do plano de recuperação, prevista para ocorrer até o dia 5 de maio. O plano prevê que 1.818 unidades sejam fabricadas em 2012.
“Não se alcança esse número da noite para o dia”, avalia Euclides. “A produção vai crescer gradativamente e após a aprovação do plano deve ser mais rápida.”
O advogado do Grupo não gostou das declarações do presidente do Sindicato dos Mecânicos, João Bruggmann, que questionou a viabilidade do plano, os descontos das dívidas e a manutenção dos atuais gestores da empresa. “Essa é a nossa proposta aos credores. Agora cada um deve avaliar e fazer a contraproposta para então negociarmos. Não podemos sair fazendo outra proposta sem antes ocorrer a avaliação da primeira”, explica. “Os credores podem ter certeza que esse plano é viável, com o menor sacrifício possível para todos”, completa.
De acordo com Euclides, as negociações têm avançado com todos os credores, exceto com o sindicato. “Essa intransigência é o caminho para a perda de todos. Agora, se o sindicato tem uma proposta melhor, que nos apresente formalmente para então discutirmos.”
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